Eflúvio telógeno ou anágeno: entenda os tipos de queda de cabelo

Para entender as fases do cabelo primeiro é preciso saber que eles não agem ou crescem constantemente da mesma maneira durante a vida toda. Os fios obedecem a um processo cíclico, que alterna fases mais longas de crescimento ativo e períodos curtos de repouso total.

São chamadas de Fases de Crescimento do Pelo que são classificadas em:

  • Anágena (fase de crescimento)
  • Catágena (fase de caminho para o repouso)
  • Telógena (fase de repouso).

Em geral, apresentamos até simultaneamente todas as fases, isto é, ele nasce, cresce e morre conforme programação individual para número de ciclos, porém estão distribuídos aleatoriamente em nosso couro cabeludo.

Já a velocidade do crescimento dos cabelos depende da atividade mitótica de sua matriz para determinar a aceleração do seu crescimento.

Mas, normalmente um couro cabeludo saudável, com bulbo piloso nutrido, de pacientes sem comprometimento hormonal, glandular, clínico, medicamentoso ou nutricional, possui em média um crescimento capilar de 0,35 mm por dia, tendo uma leve alteração em cada região do escalpe (couro cabeludo).

No entanto, é importante ainda destacar que os fatores exógenos (externos) e endógenos (internos) exercem significativa influência nas fases, ou seja, podem comprometer e alterar todo o crescimento natural dos cabelos.

Entretanto, é bom saber que existe uma quantidade normal de queda que varia em cada pessoa, já que depende ainda da quantidade de fios que esta possui. A média de perda habitual fica entre 50 e 100 fios diários.

Por isso, para a queda ser considerada normal só quando o fio que está caindo é suprido por outro que está nascendo. Mas existem alguns fatores determinantes e agravantes cuja interferência atua neste processo das fases.

Eflúvio anágeno

Entre eles, está o fenômeno do eflúvio anágeno, que ocorre quando há uma interrupção substancial justamente na fase de crescimento (anágena), o que provoca uma forte queda e rarefação de fios anágenos no folículo capilar e num espaço de tempo bem curto.

Como ela é abrupta e acentuada, esse problema costuma ser impactante para a pessoa, devido à sua rapidez e por poder comprometer seriamente a quantidade e o volume dos cabelos, pois a perda pode ser muito expressiva, ou seja, diária e numa proporção alta.

Os agentes causadores do eflúvio anágeno podem ser externos ou internos, sendo que os principais são:

  • Medicamentos, sobretudo, os quimioterápicos
  • Infecções agudas
  • Doenças autoimunes
  • Alopecia areata
  • Desnutrição severa
  • Intoxicação.

Eflúvio telógeno

Já durante a fase telógena o fio se prepara para cair e outro fio já iniciou seu ciclo de produção a partir da papila dérmica. Porém, quando há certos distúrbios acontece o chamado eflúvio telógeno, que se caracteriza por uma perda gradual e elevada dos fios e a não substituição dos mesmos.

A causa mais frequente deriva da alopecia androgenética, que afeta homens e mulheres e é mais conhecida como calvície.

A hereditariedade costuma ser uma das grandes responsáveis pelo fato, que se dá quando o hormônio testosterona se encontra com uma das enzimas que temos no organismo chamada 5 alfa-redutaze e forma a di-hidrotestosterona, encarregada pelo afinamento, rarefação e queda dos fios.

Outro dispositivo que se destaca neste contexto e aciona esse quadro do Eflúvio telógeno é o estresse, que vai intervir no crescimento, saúde e manutenção dos cabelos. Uma maior produção de cortisol e de oxidantes no organismo gera danos no sistema circulatório periférico atingindo diretamente a fixação dos cabelos. Estudos apontam o estresse como um dos vilões da perda e queda dos fios.

Porém, outros fatores também desencadeiam o eflúvio telógeno, como:

  • Doenças
  • Genética
  • Metabolismo
  • Gravidez
  • Puerpério (queda de cabelo pós-parto)
  • Dietas restritivas
  • Infecção
  • Febre muito alta
  • Emagrecimento demasiado
  • Drogas medicamentosas
  • Excesso de oleosidade no couro cabeludo
  • Fatores psicológicos
  • Excesso de química.

Como evitar a queda de cabelo

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É recomendada a busca pela prática regular de exercícios físicos, equilíbrio emocional, qualidade de vida e bem-estar que favorecem a circulação periférica, beneficiando a absorção de nutrientes e elementos ativos que fortalecem o aparelho pilo-sebáceo.

Já ações e atitudes estressantes contínuas levam a produção do cortisol, gerando atrofia do tecido e ruptura dos cabelos na estrutura pilo-sebácea, o que leva à perda capilar.

Tratamento para a queda de cabelo

Na maioria dos casos, o eflúvio anágeno é reversível. Exceção para isso pode ser a alopecia areata (dependendo do estágio e grau da doença) pois pode ser irreversível.

No eflúvio telógeno é essencial o diagnóstico médico, de modo que o tratamento e a resposta a ele dependem de cada caso, inclusive se há alopecia androgenética e se está ou não associado a outras condições clínicas.

O eflúvio telógeno pode ser agudo (causas já citadas como processos inflamatórios, infecções, alterações hormonais agudas, estresse, emagrecimento), quando dura até 6 meses, ou crônico, quando fica por mais de um ano.

Comumente em diversas situações é temporário ou cíclico. Para identificar precisamente qual o eflúvio que está atingindo o paciente o médico especialista realiza exames específicos que apontam se a perda capilar se encontra na fase anágena ou telógena.

Além do mais, é indicado que assim que a pessoa observe a perda procure logo um tricologista, pois quanto mais cedo iniciar o tratamento melhor as chances de reverter e curar o problema.

Fonte: Minha Vida (https://www.minhavida.com.br/amp/materias/materia-20710)

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