Entre os tipos de calvície, a alopecia areata é um dos mais comuns. Ela causa queda de cabelo excessiva e demanda um tratamento médico especializado. Mas, você sabe identificá-la? Qual é a diferença entre a alopecia areata e outros tipos de calvície, como a alopecia androgenética? A dermatologista Vanessa Kodani tirou essa e outras dúvidas sobre o assunto. Dê uma olhada!
O que é alopecia areata?
“Alopecia areata é uma doença inflamatória do couro cabeludo, em que os folículos pilosos, por sofrerem com essa inflamação, levam à queda de cabelos não contagiosa, com vários fatores envolvidos, desde a genética, fatores autoimunes, emocionais e qualidade de vida”, explica Dra. Vanessa. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), uma característica importante da condição é a presença de falhas circulares em torno do couro cabeludo, indicando as áreas afetadas.
“A forma mais comum de manifestação clínica são as áreas arredondadas totalmente sem pelos no couro cabeludo (‘pelada’), mas pode surgir de várias maneiras, com uma perda mais difusa, em outras partes pilosas do corpo e mesmo a universal, em que não há mais pelos no corpo”, revela a dermatologista.
A especialista esclarece que a doença não possui uma gama ampla de sinais prévios: “São lesões puramente estéticas, sem outros sintomas ou alterações”. O que existem são fatores de risco para o surgimento do problema. “Há uma certa tendência no aparecimento de alopecia areata em pessoas com outros diagnósticos, como tireoidites, vitiligo e outras doenças autoimunes, como lúpus eritematoso, fortalecendo o componente autoimune da doença”, explica a médica. Quando falamos de alopecia areata, as causas são desconhecidas, de acordo com a SBD.
Alopecia areata: tratamento envolve cuidados psicológicos
O tratamento desse tipo de calvície pode variar muito, mas o foco costuma ser o estado emocional do paciente. “Não há um tratamento padrão e eficaz para todos os casos. Cada caso é um caso. O primeiro ponto a se observar é o emocional, fator importante para o agravamento ou melhora da doença e que, quando bem cuidado, pode dispensar tratamentos mais invasivos e agressivos”, revela a médica. Quem sofre com a alopecia areata também pode fazer uso de artifícios que trabalham a autoestima, como lenços, chapéus e perucas, além de recursos de maquiagem. O estresse também deve ser evitado pois, além de causar queda de cabelo, pode desencadear vários outros problemas de saúde.
Ainda assim, usar remédio para alopecia areata é possível. “Há muitas alternativas para o tratamento, entre medicamentos tópicos, intralesionais ou sistêmicos. De maneira geral, usa-se corticoides, imunomoduladores ou sensibilizantes. O melhor tratamento deverá ser escolhido pelo médico, levando-se em conta muitos fatores, desde a gravidade do quadro até a comodidade e a disponibilidade do paciente”, finaliza Dra. Vanessa.
Fonte: Cuidados pela Vida (https://cuidadospelavida.com.br/pele-e-beleza/cabelo/quais-sao-os-principais-sintomas-de-alopecia-areata)