Pesquisas realizadas com pacientes oncológicos revelam que a queda dos cabelos é um dos efeitos colaterais mais angustiantes e incômodos da quimioterapia
As alterações capilares e até mesmo a perda dos cabelos (alopecia) é um efeito colateral frequente de tratamentos quimioterápicos e motiva preocupações por parte dos pacientes.
Pesquisas realizadas com pacientes oncológicos revelam que a queda dos cabelos é um dos efeitos colaterais mais angustiantes e incômodos da quimioterapia, pois a alopecia os identifica como pacientes oncológicos e a perda dos cabelos é um lembrete visível da doença.
1- Primeiramente, o que é a tricologia?
A Tricologia é a ciência que examina e trata todos os distúrbios do couro cabeludo, bulbo capilar, folículo piloso e fios. Em uma avaliação diagnóstica, o tricologista analisa junto ao paciente as possíveis causas, mas é importante considerar que existem mais de 2.500 causas para a queda capilar que precisam ser avaliadas por uma equipe multidisciplinar para, assim, potencializar os resultados do tratamento capilar, além de tratar doenças que podem estar associadas com a queda de cabelo ou distúrbios no couro cabeludo. (Confira aqui uma das causas para alopecia)
Os fios, além de fazerem parte da autoestima dos pacientes, podem revelar sinais que permitem o médico diagnosticar doenças sistêmicas como anemia, lúpus e alterações na tireoide.
2- Quais as alterações capilares mais comuns em pacientes oncológicos?
As alterações capilares mais comuns nos pacientes oncológicos são o eflúvio telógeno e o eflúvio anágeno. Também ocorrem alterações na textura, cor e força do fio. Essas modificações podem ser decorrentes da doença em curso ou secundárias ao tratamento realizado.
Como somos indivíduos geneticamente diferentes, temos diferentes manifestações perante uma mesma doença ou a um mesmo tratamento. Assim, alguns pacientes experimentam queda de todos os fios da cabeça, enquanto outros apresentam queda parcial ou quebra dos cabelos.
O eflúvio telógeno se caracteriza por uma queda parcial dos fios e um afinamento do cabelo que se realça principalmente na região da frente do couro cabeludo. A queda se inicia de três a quatro meses após a agressão.
As causas são variadas e entre elas estão causas nutricionais, infecciosas e medicamentosas. Uma das alterações capilares mais frequentes após a realização da quimioterapia é o eflúvio anágeno, pois alguns dos medicamentos utilizados atacam as células em proliferação atingindo assim as células neoplásicas e as células em crescimento do cabelo.
3- Há formas de diminuir as chances de queda dos cabelos durante os tratamentos quimioterápicos?
Sim, dependendo do tratamento e do tipo de câncer há opções terapêuticas que diminuem a queda dos cabelos durante a quimioterapia. O resfriamento do couro cabeludo é a técnica com mais estudos publicados e é realizada através da colocação de uma touca que resfria a cabeça do paciente.
A touca deve ser colocada antes da realização do procedimento e ser mantida por aproximadamente uma hora e meia após a realização da quimioterapia. A queda da temperatura local do couro cabeludo faz com que ocorra uma redução do metabolismo do fio e que haja uma redução da quantidade de sangue que chega até aquela região, o que reduz a quantidade de quimioterápico que chega até o fio.
Com informações do site: https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/colunistas/carolina-vieira/2021/02/26/noticias-saude,268687/como-a-tricologia-pode-auxiliar-na-autoestima-dos-pacientes-oncologicos.shtml